quarta-feira, 18 de novembro de 2009

LIVROS



LIVROS

"Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.

Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.

Os livros são objectos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou ­ o que é muito pior ­ por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:

Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas".


Caetano Veloso

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O CADERNO

O CADERNO

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o bê-a-bá
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel


Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais
Você vai ver
Serei de você confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer

Só peço a você um favor
Se puder
Não me esqueça num canto qualquer


O Caderno
(Toquinho/Mutinho)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Lápis e a Borracha





1-Qualquer que seja o lápis, uma borracha pode ajudar.

2-Era uma vez um lápis.

3-O lápis podia desenhar coisas.

4-O lápis podia escrever palavras e números.

5-às vezes o lápis cometia erros.

6-Ás vezes o lápis ficava zangado.

7-Um dia o lápis encontrou uma borracha.
A borracha ajudou o lápis

8-A borracha apagou os erros do lápis.

9-A borracha apagou os rabiscos que o lápis zangado fez.

10- O lápis descobriu que a borracha era sua melhor amiga.

11-Você gostaria de ter um amigo que apagasse seus erros e rabiscos?

12-Deus mandou Jesus Cristo para que Ele fosse nosso melhor amigo.
Nós podemos pedir que Jesus nos ajude em tudo o que fazemos.
Quando cometemos erros ou ficamos bravos, Jesus nos perdoa e nos ajuda, se nós pedimos perdão a Ele e ficarmos arrependidos de verdade.
É como se Jesus apagasse os erros e rabiscos que fizemos.

Recebido por e-mail, muito lindo

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Receita de ano novo

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Receita de ano novo
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Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Feliz Ano Novo pra todos!

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mensagem Chico Xavier

Recebida por E-mail


Nasceste no lar que precisavas, Vestiste o corpo físico que merecias, Moras onde melhor Deus te proporcionou, De acordo com teu adiantamento. Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.

Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.

Antes de tudo, analisa e observa.

A mudança está em tuas mãos.

Reprograma tua meta, busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,

Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim.

SENTENÇA INUSITADA DE UM JUIZ, POETA E REALISTA

Recebida também por E-mail

Esta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira).

O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha, ex-promotor de justiça,
concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas
e ter perguntado ao delegado: 'Desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?'

O magistrado lavrou então sua sentença em versos:

No dia cinco de outubro
Do ano ainda fluente
Em Carmo da Cachoeira
Terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
Que me deixou descontente.

O jovem Alceu da Costa
Conhecido por 'Rolinha'
Aproveitando a madrugada
Resolveu sair da linha
Subtraindo de outrem
Duas saborosas galinhas.

Apanhando um saco plástico
Que ali mesmo encontrou
O agente muito esperto
Escondeu o que furtou
Deixando o local do crime
Da maneira como entrou.

O senhor Gabriel Osório
Homem de muito tato
Notando que havia sido
A vítima do grave ato
Procurou a autoridade
Para relatar-lhe o fato.

Ante a notícia do crime
A polícia diligente
Tomou as dores de Osório
E formou seu contingente
Um cabo e dois soldados
E quem sabe até um tenente.

Assim é que o aparato
Da Polícia Militar
Atendendo a ordem expressa
Do Delegado titular
Não pensou em outra coisa
Senão em capturar.

E depois de algum trabalho
O larápio foi encontrado
Num bar foi capturado
Não esboçou reação
Sendo conduzido então
À frente do Delegado.

Perguntado pelo furto
Que havia cometido
Respondeu Alceu da Costa
Bastante extrovertido
Desde quando furto é crime
Neste Brasil de bandidos?

Ante tão forte argumento
Calou-se o delegado
Mas por dever do seu cargo
O flagrante foi lavrado
Recolhendo à cadeia
Aquele pobre coitado.

E hoje passado um mês
De ocorrida a prisão
Chega-me às mãos o inquérito
Que me parte o coração
Solto ou deixo preso
Esse mísero ladrão?

Soltá-lo é decisão
Que a nossa lei refuta
Pois todos sabem que a lei
É prá pobre, preto e puta...
Por isso peço a Deus
Que norteie minha conduta.

É muito justa a lição
Do pai destas Alterosas.
Não deve ficar na prisão
Quem furtou duas penosas,
Se lá também não estão presos
Pessoas bem mais charmosas.

Afinal não é tão grave
Aquilo que Alceu fez
Pois nunca foi do governo
Nem seqüestrou o Martinez
E muito menos do gás
Participou alguma vez.

Desta forma é que concedo
A esse homem da simplória
Com base no CPP
Liberdade provisória
Para que volte para casa
E passe a viver na glória.

Se virar homem honesto
E sair dessa sua trilha
Permaneça em Cachoeira
Ao lado de sua família
Devendo, se ao contrário,
Mudar-se para Brasília!

Lingua do *P*

Recebi por E-mail, e achei muito interessante

A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISSO...

(e observe que não se trata de uma estória sem pé é nem cabeça)

"Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.
Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.
Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los...
Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo.
Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente!
Pensava Pedro Paulo...
Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.
-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.
Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.
Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos
pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro!
Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.
Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus.
Partindo pela picada próxima, pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.
Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios.
Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.
Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando..."
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar...
Para parar, preciso pensar....
Pensei.
Portanto, pronto. Pararei."

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PRÓ-LETRAMENTO MATEMATICA

Inicia hoje 21 de outubro de 2009 a Aula Inaugural do Pró-Letramento em Matemática


O SABER MATEMÁTICO NO PRÓ-LETRAMENTO

O saber matemático do professor precisaria torná-lo capaz de compreender a natureza dos conhecimentos a serem ensinados, sua estrutura, aplicações e generalizações. Um saber matemático mais consistente permitiria aos professores melhor compreender as recomendações curriculares para poder adaptá-las à sua realidade. Permitiria avaliar as etapas da aprendizagem de seus alunos, analisar ou propor uma seqüência didática, fazer adaptações, correções ou aprofundamentos ao que é proposto num livro didático. Neste sentido, nosso desafio também reside na necessidade de que o professor supere a formação matemática superficial e deficiente que recebeu, tanto em sua escolarização básica, quanto nos cursos de formação profissional. Tais constatações nos colocam diante da necessidade de que programas de formação continuada sejam capazes de (re)construir o saber matemático do professor e mobilizar para mudanças mais efetivas e permanentes em sua prática didática. Estes são pressupostos básicos que nortearam a construção do material e da proposta de trabalho do Programa Pró–Letramento em matemática.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Que é Letramento?

O Que é Letramento?


Letramento não é um gancho

em que se pendura cada som enunciado,

não é treinamento repetitivo

de uma habilidade,

nem um martelo

quebrando blocos de gramática.

Letramento é diversão

é leitura à luz de vela

ou lá fora, à luz do sol.

São notícias sobre o presidente

O tempo, os artistas da TV

e mesmo Mônica e Cebolinha

nos jornais de domingo.

É uma receita de biscoito,

uma lista de compras, recados colados na geladeira,

um bilhete de amor,

telegramas de parabéns e cartas

de velhgos amigos.

É viajar para países desconhecidos,

sem deixar sua cama,

é rir e chorar

com personagens, heróis e grandes amigos.


É um atlas do mundo,

sinais de trânsito, caças ao tesouro,

manuais, instruções, guias,

e orientações em bulas de remédios,

para que você não fique perdido.

Letramento é, sobretudo,

um mapa do coração do homem,

um mapa de quem você é,

e de tudo que você pode ser.

Poema de Kate M. Chong, estudante norte-americana, de origem asiática ao escrever sua história pessoal de letramento, define-o em poema.



sábado, 20 de junho de 2009

Porque não pensar nisso?

I nteligente
N ação
C oordenada
L indos projetos
U nem forças
S aindo
A cada dia de
O nde nunca deveria ter entrado.

É a operação inclusão


O FOGO DO EDUCADOR

Todo educador trabalha com fogo.
Fogo do desejo.
O desejo do educador é educar esse fogo. Fogo Mal educado, transforma-se em incêndio destruidor, porque indisciplinado não possibilita apropriação. A função do educador nessa prática é a BOMBEIRO das urgências do praticismo.
Fogo educado transforma-se em aquecimento interno, porque disciplinado, limitado, possibilita apropriação, intimidade, conhecimento do outro e de si próprio.
Nesta prática, o educador torna-ae um militante que luta no seu cotidiano pra deixar a chama ecesa, iluminando a construção de sua prática. Essa opção envolve trabalho árduo, sofrido, envolvendo e enfrentando limites, perdas, frustações, na construção de sua disciplina. Pois fácil é incendiar... difícil é deixar o fogo na chama, lamparina acesa, alimentando, aquecendo seu coração pedagógico.






"Madalena Freire"